RIO, 14 DE MARÇO, QUINTA-FEIRA DE 2019
Minha irmã voltou a se chatear, escova meus dentes reclamando.
Hora do banho, parece o muro das lamentações, hora do desabafo, jogar na cara tudo que faz...
Disse que fala com Deus, pra ELE ouvir e agir, cuida de mim desde o acidente e o que ganhou?
De recompensa só coisas ruins, todos dizem será recompensada, mas quando?
Sua filha já perdeu dois bebês, para ela ficar trocando fraldas da minha mãe e minhas, faz tudo por mim o tempo todo e não ganha nada de bom, só o mal, até a maluca do seu ex marido tem sorte e dinheiro pra comprar o que quiser e ela sempre abrindo mão de viver por nós.
Hoje mais um vez disse que o meu acidente foi culpa minha num carro com dois homens, eu disse, sim, mas não estava pegando os dois, era apenas uma carona, e desvio do caminho.
NO dia 9 de março de 1984, sexta-feira, o Ney me buscou em casa em Vicente de Carvalho às onze horas para almoçar na casa dele no Engenho novo, ficamos lá até às 4 horas e fomos embora no caminho em frente a casa da avó do Robson Cachambi, hoje pai da minha sobrinha na época meu cunhado, encontramos vários amigos do Ney, entre eles o Jorge que não se viam há muito tempo, nos convidou para tomar cerveja, o Ney deixou o carro dele ali e fomos no do Jorge o OPALA BRANCO, descemos a rua e paramos no bar em frente ao conjunto de prédios IAPECE e ficamos lá até às 18 horas, na despedida o Jorge chamou o Ney para ir com em Bonsucesso, Ney disse antes vamos deixar a ROSE, EU, na casa da dona Lucília sogra da minha irmã em Maria da Graça, ok fomos.
Jorge no caminho disse precisar pegar um dinheiro na rua Rua Genésio de Barros - Del Castilho, que é mão única, parou em um casa, esperamos no carro, voltou com o dinheiro e colocou embaixo do banco do motorista, ao sair pegou logo a AV, Suburbana que hoje se chama Avenida Dom Hélder Câmara e subiu o viaduto de Deu Castilho e lembraram de mim, me disseram vamos com a gente? Então eu concordei eu disse ok,
Chegando em Bonsucesso em uma rua de descida o Jorge não parou na placa de PARE, pensou que conseguiria atravessar o cruzamento, acelerou fundo, mas não deu um ônibus bateu na parte traseira do carro e só parou imprensando o carro num poste, fiquei entre eles o poste e o ônibus bati a cabeça, tenho um galo até hoje, não vi mais nada, disseram que eu desmaiei e juntou foi gente, um enfermeiro quis me socorrer, sem imobilizar me tiraram pelo vidro de trás e ao fazerem isso se agravou minha lesão na coluna, medula, C5 E C6, fratura e luxação na coluna cervical, até aí ninguém sabia, Ney e Jorge tiveram ferimentos leves, chegou a ambulância e nos levou eu e o Ney de acompanhante, para o Hospital de Bonsucesso, emergência. Feito testes e exames TETRAPLÉGICA par sempre.
E foi assim meu acidente, minha irmã acha minha culpa.
Sofro tanto cada dia... Com as coisas que minha imã fala de mim sobrinha e marido ficam com raiva de mim, nem me olham, ficam a favor dela. Acho que ela gosta assim, fazer aliados.
TÉ QUANDO CLAMAREI EU E TU NÃO ME ESCUTARÁS?