Aprendi o silêncio com os faladores, a tolerância com os intolerantes, a bondade com os maldosos; e, por estranho que pareça, sou grata a esses professores.
É bem assim...
Tenho aprendido cada dia o que eu não quero ser, nem fazer com os outros, se minhas palavras vão ferir as guardo pra mim, não quero nunca envenenar os outros com minhas palavras, ferir, magoar, acusar, ofender, apontar erros, não, não quero fazer isso.
Hoje, feriado do comercio, sobrinha em casa, tinha tudo para ser um bom dia, churrasco sendo preparado mas minha irmã abre o seu sincero metro e engloba tudo, somatiza todos os problemas, insatisfações em mim.
Escovou meus dentes já falando, reclamou de tudo e todos, disse que o Vitor nem quer mais escovar meus dentes, nem me dar comida com boa vontade, tudo pelos maus pensamentos da sogra da filha, deu uma bronca na velha pois fica de olhos fechados rezando o tempo todo pra tudo dar errado.
Vitor chateado foi arrumar as roupas pra ir embora, então minha irmão disse, vai? e volte aqui só pro meu enterro, me deixa sozinha aqui? pois é isso que vai acontecer;
Iniciou o banho das lamentações, falou se não fosse eu ela estaria longe daqui, iria pro sítio do meu irmão se cuidaria, lá tem médico, UPA, ninguém ia drogá-la, seria bem tratada, sente no olhar do genro um ódio escondido, falso, ama a mãe, cuida dela e se ela tiver que ir embora no outro dia minha irmã morre, tem que ter uma explicação espiritual pra esse ódio, ele foi meu filho voltou reencarnou pra se vingar dela, senti o veneno dela, me julgando, recordando meus erros, e tenho certeza que falou de mim com a Rose pois estava ajudando no banho, conversavam entre si...
Sempre que pode meu envolve nos acontecimentos da vida dela, perdeu os dois netos por meu carma, ou pra ficar livre cuidar de mim...
Por tudo isso e mais um pouco prefiro me calar, cada dia mais difícil, não aguento mais ser um peso, um fardo, um carma, um estorvo.
ATÉ QUANDO CLAMAREI EU?
EBENÉZER.
NAMASTÊ
SINTO MUITO,
ME PERDOE,
TE AMO,
AGRADEÇO.
ENTREGO, CONFIO, ACEITO E AGRADEÇO.
NAM MYOHO RENGE KYO.
